Solteira, Nicole Bahls dispara: 'Acho que sexo é 20% em um relacionamento'
Em entrevista a QUEM, ela abre o jogo e fala sobre relacionamentos e conta o que motivou sua saída do Carnaval
A apresentadora falou ainda sobre a vontade de comprar uma casa maior no Rio de Janeiro e disse que, no dia a dia, encara trabalhos domésticos numa boa. "Sou uma boa dona de casa, gosto de cuidar. Limpo, cozinho, arrumo a cama, lavo a louça, lavo a roupa, faço tudo. A vida não é só tirar foto. Se fosse, eu me sentiria fútil, um boneco de cera. Preciso me sentir gente, preciso me sentir a Claudinéia e fazer uma faxina."
Dona de um corpo escultural, Nicole afirma não estar satisfeitíssima com o seu físico atual. "Acho que estou gordinha. Preciso emagrecer uns quatro ou cinco quilos. Acho chique ser magrinha. Estou me sentindo cafona fora do peso (risos)", afirmou.
NICOLE BAHLS: Não assumo o lugar dela. A Sá saiu e é só isso. As responsabilidades acabam aumentando naturalmente. Continuo fazendo matérias como todo mundo do Pânico. As panicats ficam de biquíni e eu vou aparecer mais vestida. Estou há cinco anos no Pânico. Sou formada em jornalismo e chega uma certa idade, em que a gente passa a ter mais cobranças com a gente mesmo. Depois que fui para o confinamento de um reality show e fiquei uns 90 dias por lá, refleti muito sobre a vida. Foi um retiro espiritual, uma coisa meio louca. É uma clínica de reabilitação sem direito a visitas da família. Lá, eu parei para pensar e quando saí, vi que não queria mais ser só panicat. Quando você escolhe ser artista, não é só a sua exposição que está em jogo, você também acaba expondo a sua família. Aí, depois de sair do confinamento, quis mostrar para a minha mãe que o estudo também me fez bem. Não só ficar chacoalhando o corpo. Precisava mostrar que sou mais.
Acho chique ser magrinha. Estou me sentindo cafona fora do peso (risos)"
Nicole Bahls
N.B.: Acho que, em um primeiro momento, esse negócio de beleza e corpão abre portas. Mas, depois, você precisa ter algo a mais para mostrar. Só o corpo não adianta para a carreira. A gente precisa estudar. Quem projeta carreira, se prepara. Não dá só para se basear em um bumbum.
QUEM: E qual o segredo para estar sempre em dia com o corpão?
N.B.: Acho que estou gordinha. Preciso emagrecer uns quatro ou cinco quilos. Acho chique ser magrinha. Estou me sentindo cafona fora do peso (risos). Eu tenho a ajuda de um personal porque ele me intimida a ir à academia e fico com vergonha de faltar. Não posso ser preguiçosa. Graças a Deus, hoje tenho a condição de ter um personal. Malho três vezes por semana. Também conto com a ajuda de um médico ortomolecular. Graças a Deus, não sou muito apegada a doces. Sou fã de arroz e feijão. Também gosto de churrasco, mas há dois meses minha mãe proibiu a churrasqueira lá em casa (risos). Carne vermelha tem gordura.
>> CARREIRA
QUEM: E qual sua ambição profissional?
N.B.: Quero chegar aos 50 anos trabalhando com o humor. Adoro Moacyr Franco e Gorete Milagres. Na TV, dá para trabalhar por muito tempo se você se dedicar. Meu sonho não é ser atriz, nem fazer novela. Quero trabalhar com humor, é o que eu amo.
QUEM: E a vontade de apresentar um programa solo?
N.B.: Não, eu não tenho. Hoje, a minha vontade e meu sonho é fazer rir. Meu sonho é o humor mesmo. Essa oportunidade que tenho no Pânico já é grande demais. Sou uma menina que saiu do interior. Vim de Londrina, no Paraná.
QUEM: Quem: você comentou que não pretende investir na carreira de atriz, mas fará um filme, não?
N.B.: É. Este ano vou estrear no cinema. Tive um convite para participar de uma filme com o Danton Mello e Dani Calabresa. O filme terá uma pegada de comédia. Essa será a minha primeira vez como atriz. Já deu certo. O diretor ficou satisfeito com o primeiro ensaio. Estava meio tensa, me perguntando se sairia tudo bem e deu certo. Até comentei com a minha mãe: “Mãe, como um diretor veio chamar uma caipira, que nunca fez teatro, para fazer um filme desses?”. Ela acha que meus fãs têm grande poder, vão ajudar a dar bilheteria. Acho que o próprio convite pode ter um peso deles, eles vivem fazendo campanhas nas redes sociais e pedindo espaço em uns lugares que eu nem imagino. Às vezes, penso: “Meu Deus, como? Como surgiu essa chance?”. E aí descubro que há dois meses meus fãs estão pedindo “coloque a diva aí”.
>> CARNAVAL
QUEM: Você desistiu de desfilar no Carnaval deste ano. Por quê?
N.B.: O Carnaval é a data que eu mais amo na vida. Sou apaixonada pelo Carnaval. É uma alegria, minha data preferida. Ao contrário do Natal, que eu acho uma forçação em cima do comércio. Todo mundo tem que comprar presentes. Natal é uma data pesada, reúne família e lembro muito da minha avó materna, que é uma pessoa que já partiu e que tem muita importância para mim. No Natal, me bate uma certa tristeza. Desisti do Carnaval porque não conseguiria ter o envolvimento que a escola merece. Seria rainha de bateria da Império Serrano. Fui muito bem recebida pela escola. Quando eu puder e tiver tempo para me dedicar à comunidade, assumo um posto.
Não queria desfilar só para aparecer na avenida e sair nas fotos. Posso tirar foto o ano todo"
Nicole Bahls
N.B.: Desde pequenininha assisto aos desfiles de Carnaval. Sou Beija-Flor de coração e até já desfilei pela escola. Sou fã do Neguinho da Beija-Flor. A luta do Neguinho contra o câncer me aproximou dele. Minha avó também teve a doença. A Beija-Flor não gosta dessa ideia de ter famosos para atrair mídia. Eles preparam a rainha de bateria a partir da comunidade. Sou meio contra esse Carnaval de mídia. Na Império Serrano, seria rainha de bateria, mas minha dedicação é maior ao Pânico. Quero me aperfeiçoar e cuidar da minha voz, que é grave. Estou fazendo fono. Não queria desfilar só para aparecer na avenida e sair nas fotos. Posso tirar foto o ano todo. Quero ter uma ligação com a comunidade.
>> POLÊMICAS
QUEM: Vira e mexe, surgem polêmicas com seu nome. Alguma te deixou muito chateada?
N.B.: Não. Quando falam muito da minha vida íntima, minha mãe fica chateada. É uma situação constrangedora.
QUEM: E de namoros?
N.B.: Agora pararam de falar. A Nicole está de abstinência. A polêmica será outra (risos). Sempre fui de namorar. Não sou de ficar. Acabava um, tinha outro. Namorava um ano, começava a namorar outro. Namorei o Thor [Batista, filho do empresário Eike Batista], o Vitor [Ramos, jogador de futebol]...
QUEM: O Pipo, uma das apostas do Carnaval de Salvador deste ano, você chegou a namorar?
N.B.: Não. Foram só uns beijinhos (risos).
QUEM: Você está solteira?
N.B.: Estou solteira e feliz. Deixo de dedicar uma hora a um bofe, para dedicá-la aos meus fãs. Todas as vitórias que tive na minha vida não foram por causa de bofe nenhum. Elas vieram pelos meus fãs. Este ano, mais do que nunca, quero estar mais próxima dos fãs. Não quero passar um dia triste na cama.
QUEM: Mas e se aparecer um super bofe a fim de você?
N.B.: Ah, aí eu vou correr.
Acho que a felicidade não depende de relacionamentos. Encontrei a felicidade sozinha. Não dependo de ninguém para ser feliz"
Nicole Bahls
N.B.: Correr para bem longe. Não quero. Acho que a felicidade não depende de relacionamentos. Encontrei a felicidade sozinha. Não dependo de ninguém para ser feliz. Estou feliz, estou trabalhando, não sinto falta de ninguém. No confinamento da A Fazenda, fiquei 90 dias sem ninguém e fiquei bem. Fiquei sem nada. Vi que o que a gente precisa é de abraço, de família. Vi realmente o que tem necessidade e o que não tem. Percebi do que eu sentia falta e do que eu não sentia.
QUEM: Quando você está em um relacionamento, sexo representa quanto para você?
N.B.: Acho que sexo representa 20% em um relacionamento. Acho que a mulher dependente do homem, depende mais do sexo. Tem que agradar para pedir aquela bolsa, pedir o vestido que precisa, pagar uma conta. Para a mulher independente, acho que o sexo não é tão importante assim.
QUEM: Você disse que teve namoros longos. Você se apaixona facilmente?
N.B.: Eu me apaixono muito fácil. Minha mãe até diz: “Nicole, você beija num dia e no outro já quer casar”. Acho que me apaixono facilmente por ser mulher. Mulher é mais sentimento; homem, mais prático.
QUEM: Quando foi sua primeira paixão?
N.B.: Aos 15 anos.
QUEM: E você ainda conversa com seus ex?
N.B.: Com esse [meu primeiro amor] não tenho mais contato, mas eu costumo ficar amiga dos ex. Tenho um bom relacionamento. Não deu certo, mas torço para que todos sejam felizes. Sou amiga do Léo Santana. Não tenho contato com o Thor. Com o Vitor, aquele jogador que chifra-vai-chifra-volta, tenho contato. Enfim, tenho um bom relacionamento com meus ex, sim.
N.B.: Gosto de humildade. Ninguém é melhor que ninguém. Tenho preguiça de blasés. Tem que ser meio rústico e levar a vida numa boa, saber tratar as pessoas como elas merecem ser tratadas.
>> FAMÍLIA
QUEM: Você falou de bens materiais. Tem algum sonho de consumo?
N.B.: Quero comprar uma casa no Rio de Janeiro. No Rio, moro sozinha. Minha mãe também tem dois imóveis no Rio, mas ela se divide entre o Rio e o Paraná, porque a minha irmã de 17 anos ainda mora lá.
QUEM: Como é seu relacionamento com a família?
N.B.: Sou apaixonada e doente pela minha família. Tenho um bom relacionamento com todos.
QUEM: Na adolescência, você foi rebelde?
N.B.: Rebelde, não. Mas eu dava trabalho. Se minha mãe falava, você tem que voltar às 2h, eu voltava às 4h. Sempre gostei do que não podia.
QUEM: Como é a sua vida em casa, longe dos holofotes?
N.B.: Sou uma boa dona de casa, gosto de cuidar da casa. Limpo, cozinho, arrumo a cama, lavo a louça, lavo a roupa, faço tudo. A vida não é só tirar foto. Se fosse, eu me sentiria fútil, um boneco de cera. Preciso me sentir gente, preciso me sentir a Claudinéia e fazer uma faxina.
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