Vilã de novela em Portugal, Úrsula Corona conquista o público além-mar
Exibindo manequim 36, atriz conta que foi hostilizada pelo público nas ruas de Lisboa e faz comparações com os atores no Brasil.
"O ritmo de gravações é totalmente diferente. Por dia, gravo cerca de 20 cenas para ter frente. É bem intenso. Minha personagem é muito malvada. Louca mesmo! Já fui hostilizada pelas pessoas nas ruas de Lisboa", conta a atriz, que perdeu bastante peso nos últimos meses. "Emagreci para a personagem. Não sei quantos quilos foram, mas diminui dois números do meu vestuário", explica Úrsula, que hoje usa manequim 36 e tamanho P.
bastante peso para viver uma vilã'
(Foto: Jose Pinto Ribeiro/ Globo Internacional / TV SIC)
"Intensifiquei muito os exercícios. Faço tudo a pé, de bicicleta ou skate. Quando não estou no estúdio filmando, faço aula de dança. Dedico duas horas do meu dia à prática de esportes. A vida aqui é muito mais simples e completa ao mesmo tempo", aponta a brasileira, que acabou de comprar apartamento em uma das áreas mais nobres de Lisboa.
Se a malhação é em Lisboa, os tratamentos de beleza para atenuar os efeitos do clima frio e do uso de muita maquiagem continuam sendo feitos no Brasil. "Não faço nenhum tratamento fora do Brasil. Acho que os médicos brasileiros são muito mais atenciosos", explica a atriz, que é fiel à dermatologista Vanessa Metz.
"O clima frio e o uso de maquiagem prejudicou muito a minha pele. Eu confesso que também não tenho muita disciplina na hora de tirar a maquiagem", conta Úrsula, que passa soro fisiológico para aliviar as olheiras.
Elogio aos colegas portugueses
Mesmo com a rotina de trabalho intenso, o que mais chamou a atenção de Úrsula foi a simplicidade dos amigos de elenco da novela portuguesa. Ela, que vive par romântico com o ator português Diogo Morgado, compara: "A equipe e produção aqui não se deixam tomar pela vaidade. Todos se ajudam o tempo todo. É uma simplicidade ímpar. Todos só se preocupam em fazer um bom e completo trabalho".
Ela lembra que já esteve no elenco das novelas "História de Amor" e "Viver a Vida", ambas de Manoel Carlos, e desabafa: "Confesso que alguns artistas do Brasil me cansam e me dão preguiça. Se você já sabe que o roteiro vai atrasar, não aceita o papel. Ficar reclamando não dá. Hoje vejo que o problema de alguns atores no Brasil é outro. Estão mais preocupados em ir ao coquetel com roupas emprestadas de grife do que estudar e se dedicar aos personagens. Está errado", critica.
Por isso, ela acha importante a presença de psicólogos em algumas novelas. "Seria bom para trazer alguns atores de volta para a realidade e colocar os pés no chão", ressalta Úrsula.
cena em praia do Rio para novela portuguesa
(Foto: José Pinto Ribeiro/Globo Internacional/TV SIC)
Sobre a vida pessoal, Úrsula é reservada. Perguntada sobre o namorado, o advogado português Frederico Casal-Ribeiro, ela é econômica: "Estou feliz". Antes de voltar ao Brasil, ela se prepara para começar a rodar o programa "Brasilidade", que será produzido pela TV italiana RAI e contará com a participação de Patrick Siaretta.
"Será um programa sobre as seis cidades que irão receber jogos da Copa do Mundo. A ideia é mostrar um roteiro sem futebol. Enaltecer nossa cultura e explorar as riquezas naturais e sociais do Brasil", explica a atriz, que também é formada em Cinema e Jornalismo e é estudante de Filosofia.
Úrsula Corona com as crianças da Rocinha,
comunidade carente do Rio (Foto: Arquivo Pessoal)
Madrinha do projeto social Associação Estrela Sports, que atendeu a
mais de 350 jovens carentes da comunidade da Rocinha, na Zona Sul do
Rio, em sete anos, Úrsula acredita que esperança e oportunidade são
essenciais para os cariocas. "Todo mundo sempre pede mais segurança para
a cidade do Rio, né? Acho que um dos caminhos é evitar que os jovens
das comunidades carentes entrem para o tráfico. Eles são o futuro!
Acredito que se cada um fizer um pouco, a situação do Brasil pode
melhorar muito", ressalta a atriz, que até o fim deste mês está de volta
ao Brasil, onde pretende voltar à TV brasileira e aos palcos.comunidade carente do Rio (Foto: Arquivo Pessoal)
(Foto: Instagram / Reprodução)
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