A mineira Patricia
Oliveira foi cover da Feiticeira e conta que já quiseram pagar por sexo
com ela: 'Me ofereceram R$ 15 mil por uma noite. Não quis'.
Patricia Oliveira, concorrente quarentona a Miss Bumbum
(Foto: Miss Bumbum/ Divulgação)
Patrícia Oliveira conta que ninguém acerta sua idade. Afinal, com 1,72m
de altura, 66kg, músculos sarados e barriga rasgada, a loira estaria
facilmente inserida na categoria que compreende as panicats ou qualquer
outra classe rebolativa. A mineira de Belo Horizonte tem 38 anos, mas
afirma que convence facilmente se disser que tem menos. Dona dos
atributos necessários, ela é a candidata "loba" do concurso Miss Bumbum, que acontece em novembro.
"A princípio fiquei receosa de entrar na competição com aquelas meninas
mais novas. Mas meu bumbum é tão bom ou melhor do que o das outras',
dispara ela, confiante em seu potencial e nos 104cm de quadril que vão
representar o estado do Mato Grosso do Sul: "Ganhar o concurso pode me
abrir portas. Já batalhei muito nessa vida. Quero posar nua na capa de
uma revista. É um sonho que tenho há muito tempo".
De batalha, Patrícia realmente parece entender. E ela tem uma destas
histórias comoventes que sensibilizam. Aos 8 anos, deixada pela mãe na
casa da avó, viu a família perder tudo após a falência do restaurante
que a sustentava. Ela e o irmão passaram a vender nas ruas da capital
mineira hortaliças que eram plantadas no quintal de casa. "Passei fome,
morava em um lugar muito pobre onde não tinha luz ou água encanada.
Foram anos de muito sofrimento", recorda ela.
Quando os tempos de agrura ficaram para trás, a loira passou a
frequentar a academia. Aos 16 anos começou a malhar e a fazer aulas de
dança. Dona de tudo "ão" - coxão e "bumbunzão" -, ela rapidamente chamou
a atenção de um empresário e passou a fazer shows como Feiticeira cover. Sim, ela imitava a personagem de Joana Prado
nos palcos. "Muita gente achava que éramos parecidas e comecei a fazer o
número. Fiquei cinco anos fazendo um programa de TV local como cover",
conta Patricia.
O corpo irrepreensível da loira, no entanto, não é fruto de feitiçaria,
mas de dedicação exaustiva à academia. Patrícia malha todos os dias da
semana, durante pelo menos duas horas. Além da musculação, ela ainda faz
aulas de jazz e pole dance. A alimentação também é regrada e ela conta
que tem uma mistura de farelos que faz milagres. "São muitas fibras,
coisa que aprendi a comer quando faltava comida à mesa. Mas nos fins de
semana me permito comer o que quero", admite.
Por conta da "fama" que ganhou com a personagem de Joana Prado,
Patrícia conta que recebeu um convite para se apresentar em Portugal e
morou na Europa durante cinco anos. "Fiquei achando que era pegadinha ou
tráfico de mulheres. Mas era tudo direitinho. Fiquei cinco anos na
Europa e comecei a dançar em boates como 'poser dance'. Não era strip.
Eu fazia números bem legais, dentro de uma taça, no pole dance também",
conta ela, que por conta da desenvoltura e da pouca roupa nos palcos
chegou a receber propostas de dinheiro em troca de sexo: "Me ofereceram
R$ 15 mil por uma noite. Não quis. Acho que existem outras formas de
ganhar dinheiro. Não vou mentir que é muito tentador, mas não é a minha.
Se eu disser que nunca recebi ajuda financeira dos meus namorados
também estarei mentindo. Mas eles viam o quanto eu corria atrás dos meus
sonhos".
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