‘Musa não pode desfilar tapada’, diz Bianca Salgueiro, passista do ‘Esquenta’
— Musa é como se fosse uma rainha, só muda o lugar na Avenida — conta Renata, que já foi rainha de bateria da Verde e Rosa. Para ela, é importante criar identidade com a escola — é mais fácil desfilar em qualquer lugar quando você quer defender aquela comunidade.
Além de Renata, a escola vai trazer outras 16 gatas para embelezar a Sapucaí. E beleza é papo sério quando se fala das mulheres que desfilam como diva. Passista do programa “Esquenta”, da Rede Globo, Bianca Salgueiro acredita que Musa que é Musa tem que mostrar o corpo.
— Não pode desfilar tapada. Uso biquíni e prefiro fantasias que deixem meu corpo à mostra. Até porque o público já espera ver as Musas assim — conta a loura, que desfila pela primeira vez nessa função no Acadêmicos do Salgueiro.
Essa tarefa não é moleza como parece. Além de sambar, sorrir, manter o corpo em forma, essas belas precisam saber apresentar o carro que acompanham e não deixar nenhum buraco na Avenida. Para isso, Quitéria Chagas, que é pura experiência, gosta até de levar uma coreografia.
— Vai de acordo com o que eu estou sentindo na hora. Quando desfilo, faço uma troca de emoções com a plateia. Musa precisa ter personalidade e saber levantar o público. Uma musa não deve ter estrelismo. Se for assim, não dura nem um ano — avisa a Musa da Unidos de Vila Isabel.
Esposa de Diogo Nogueira, Milena Nogueira vai emprestar sua simpatia e seu corpaço para o Salgueiro. Para ela, uma musa precisa fazer parte do time.
— Eu sempre estou presente e interajo muito com a comunidade — conta Milena.
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